A importância da tecnologia na saúde @ no Ecosistema Dasa: “Somos uma empresa de Saúde e Tecnologia”


Esta é uma republicação do artigo abaixo, com o título acima, destacando o tópico em questão.


‘Não dependemos de ter uma operadora de planos de saúde’, afirma Pedro Bueno, CEO da Dasa, dona de Alta e Sérgio Franco


O Globo
July 4, 2022.


One page summary by:


Joaquim Cardoso
Health Transformation Institute 
Digital Health Transformation Unit
July 6, 2022


Qual o posicionamento do Dasa?


A Dasa vem se posicionando como um ecossistema integrado há mais tempo, trabalhamos nisso desde 2017.

  • Há cinco anos, éramos só diagnóstico. Mas percebemos que podíamos ir muito além e agregar valor a toda a nossa cadeia.

  • Houve uma grande transformação digital, com forte captura de dados e analytics, e entramos em outros elos da cadeia (de saúde).

  • No fim de 2019, ocorreu a união de Dasa e Ímpar (rede hoje com 15 hospitais). Aí veio a pandemia, exigindo uma operação de guerra.

  • No ano passado é que passamos a ser, de fato, um ecossistema integrado.

  • Não dependemos de ter uma operadora de planos de saúde’, afirma Pedro Bueno, CEO da Dasa, dona de Alta e Sérgio Franco

Qual o papel da tecnologia?

  • Somos uma empresa de saúde e tecnologia: é como Pedro Bueno apresenta a Dasa, maior rede integrada do setor da América Latina, que reúne 6,4 bilhões de dados no seu data lake.

  • Temos mais de mil pessoas nessa área e 70 cientistas de dados.

Quais alguns dos resultados?


  • É com a gestão desses dados que consegue reduzir o custo da assistência a pacientes crônicos em até 30% e, num futuro breve, pretende prever os maiores riscos de doença para os seus usuários.

  • Reduzimos … uma investigação de câncer de mama que leva em média 75 dias para chegar ao tratamento, para 12,5 dias (uma redução média superior a 80% — ou 62,5 dias), que pode ser vital!

Qual a estratégia de crescimento?


  • Vamos continuar a crescer via aquisições e nos ativos existentes. Com o nosso portfólio atual, podemos construir mais 1.200 leitos, o equivalente a uma expansão de 33%.

  • A beleza da nossa estratégia é alimentar o médico com informação para que ele possa fazer isso. Dá para fazer muita coisa e mudar a sustentabilidade do setor.



ORIGINAL PUBLICATION (full version)


‘Não dependemos de ter uma operadora de planos de saúde’, afirma Pedro Bueno, CEO da Dasa, dona de Alta e Sérgio Franco


Uma empresa de saúde e tecnologia: é como Pedro Bueno apresenta a Dasa, maior rede integrada do setor da América Latina, que reúne 6,4 bilhões de dados no seu data lake


É com a gestão desses dados que consegue reduzir o custo da assistência a pacientes crônicos em até 30% e, num futuro breve, pretende prever os maiores riscos de doença para os seus usuários.


Aos 32 anos, Bueno está há sete à frente da companhia, 

  • que atende mais de 23 milhões de brasileiros por ano, 
  • contabiliza mais de de 50 mil funcionários 
  • e 59 marcas entre medicina diagnóstica e hospitais, 
  • superando três milhões de usuários na plataforma Nav,
  • que soma perto de 200 mil consultas on-line.

Com um sobrenome tradicional no setor — é filho de Edson Bueno, falecido em 2017, fundador da Amil -, o executivo diz que sua empresa não depende de ter uma operadora de planos de saúde para crescer.


… o executivo diz que sua empresa não depende de ter uma operadora de planos de saúde para crescer.


Parece uma tentativa de afastar os boatos de que a Dasa teria interesse na aquisição da Amil, o que ele não comenta. 

Em entrevista ao GLOBO, Bueno diz que o desenvolvimento de planos em parceria com operadoras é um caminho que deve crescer.


Há um ano a Dasa, que começou com diagnósticos, virou um ecossistema. O que mudou?


Estamos falando em um ano do lançamento da nova marca, mas a Dasa vem se posicionando como um ecossistema integrado há mais tempo, trabalhamos nisso desde 2017. 

Há cinco anos, éramos só diagnóstico. Mas percebemos que podíamos ir muito além e agregar valor a toda a nossa cadeia. 

Houve uma grande transformação digital, com forte captura de dados e analytics, e entramos em outros elos da cadeia (de saúde).


Estamos falando em um ano do lançamento da nova marca, mas a Dasa vem se posicionando como um ecossistema integrado há mais tempo, trabalhamos nisso desde 2017.


Houve uma grande transformação digital, com forte captura de dados e analytics, e entramos em outros elos da cadeia (de saúde).


Como se deu esse processo?


No fim de 2019, ocorreu a união de Dasa e Ímpar (rede hoje com 15 hospitais). Aí veio a pandemia, exigindo uma operação de guerra. 

No ano passado é que passamos a ser, de fato, um ecossistema integrado. 

Avançamos demais em extrair informação dos dados e começar a engajar e a nos relacionar com pacientes e médicos. 

É efeito do Nav (plataforma digital que atende consumidores e médicos), que, em um ano, já alcança mais de três milhões de usuários e 25 mil médicos cadastrados. 

Somos o maior ecossistema de saúde da América Latina em número de usuários, de CPFs únicos. 

São atendidas mais de 23 milhões de pessoas únicas todos os anos, o que equivale quase a metade de todas as vidas com plano de saúde no país. 

São também mais de 250 mil médicos se relacionando anualmente com a rede, mais da metade do disponível no Brasil. 

Uma rede com atendimentos diversos, de alta e baixa complexidade.


Pode-se dizer que a Dasa é uma empresa de tecnologia?


Sim, a Dasa também é uma empresa de tecnologia. Temos mais de mil pessoas nessa área e 70 cientistas de dados. 

O dado tem valor se usado como informação. Queremos levar mais saúde aos nossos usuários, fazer a melhor assistência de forma proativa e preventiva. 

Hoje, o setor funciona por um modelo reativo, transacional. 

O paciente é atendido quando vai ao pronto-socorro ou marca consulta já com algo a ser resolvido. Mas, se eu sei quem esse paciente é e uso a informação para apoiar o médico, a tendência é ir mudando isso. 

Nossa estratégia é atuar para sermos um hub de saúde para o cliente, onde ele pode agendar consultas e exames, encontrar o médico certo.


Sim, a Dasa também é uma empresa de tecnologia. Temos mais de mil pessoas nessa área e 70 cientistas de dados.


E como essa informação municia o médico?


O médico recebe o que chamamos de resumo clínico, que traz dados e informação agregada. 

Por exemplo, se uma paciente deve fazer uma mamografia a cada dois anos, mas está com o exame atrasado. 

Podemos ajudar o médico a fazer uma melhor gestão da carteira dele nesse sentido. Isso empodera e gera valor tanto para o médico quanto para o paciente. 

Um diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial traz uma perspectiva de tratamento muito melhor. 

  • Hoje, uma paciente que começa uma investigação de câncer de mama leva, em média (na rede privada), de 60 a 90 dias para chegar ao tratamento. 
  • Na Dasa, já reduzimos esse prazo do diagnóstico ao tratamento para 12 a 13 dias. 

Desenvolvemos um algoritmo que lê nossos diagnósticos de imagem e é capaz de dar alertas. 

Às vezes, pegamos um paciente fazendo ressonância magnética e que está enfartando ou tendo um AVC. Já conseguimos enviar esse paciente ao hospital com mais agilidade.


Reduzimos … uma investigação de câncer de mama leva,de 60 a 90 dias para chegar ao tratamento, para 12 a 13 dias (uma redução média de 83%), que é vital!


Já é possível, com os dados disponíveis, alertar para o risco de doenças futuras?


É uma feature (funcionalidade) que vamos subir neste segundo semestre. Com o tempo, vamos sofisticando. É uma outra oportunidade que temos de cruzar dados.


Continuarão a investir em hospitais?


Nós já somos a segunda rede independente de hospitais no país, com 3.600 leitos. No início de 2020, tínhamos seis hospitais. Hoje, são 15. 

É uma expansão acelerada. Metade da receita da Dasa já vem de hospitais e oncologia. A tendência é que essa fatia vá crescendo ao longo do tempo. 

Em diagnóstico, somos líderes disparado. Ainda assim, há muito o que crescer. No Brasil, nossa participação no segmento de hospitais é inferior a 5%, enquanto em diagnóstico é de 14%. 


No Brasil, nossa participação no segmento de hospitais é inferior a 5%, enquanto em diagnóstico é de 14%.


Vamos continuar a crescer via aquisições e nos ativos existentes. Com o nosso portfólio atual, podemos construir mais 1.200 leitos, o equivalente a uma expansão de 33%.


Vamos continuar a crescer via aquisições e nos ativos existentes. Com o nosso portfólio atual, podemos construir mais 1.200 leitos, o equivalente a uma expansão de 33%.


Que regiões são prioritárias para ampliar a atuação da Dasa?


Nossa prioridade número 1 é ganhar densidade em praças onde já temos integração dos elos da cadeia. 

Em segundo lugar, chegar a lugares onde já estamos com diagnóstico, mas ainda não temos hospitais e oncologia, como estamos fazendo com Salvador e São Luís. 

O que provavelmente não vamos fazer, num horizonte de dois a três anos, é entrar em praça 100% nova.


A expansão de atendimento clínico nos hospitais….


Em termos de sustentabilidade, queremos que o paciente vá para o lugar certo, onde vá ser melhor atendido. 

Uma vantagem de ser mais diversificado é que há menos desalinhamento de atendimento com operadoras e pacientes, pois oferecemos o cardápio completo de serviços. 

O que queremos é empoderar médicos e pacientes, para que seja feita saúde com mais inteligência. 

A beleza da nossa estratégia é alimentar o médico com informação para que ele possa fazer isso. Dá para fazer muita coisa e mudar a sustentabilidade do setor.


A beleza da nossa estratégia é alimentar o médico com informação para que ele possa fazer isso. Dá para fazer muita coisa e mudar a sustentabilidade do setor.


Qual o efeito dessa estratégia nos custos da assistência?


Criamos uma área chamada Coordenação de Cuidado, um serviço do nosso sistema que coordena diferentes agentes para ter uma assistência mais completa. 

Fazemos o acompanhamento dos pacientes crônicos, aqueles de maior risco. 

  • E conseguimos reduções de 30% em idas a pronto-socorro, 
  • de 20% em internações e de 20% em reinternação. 
  • No todo, além de ter um paciente mais saudável, o custo dessas carteiras cai em média 30%. 

Aliando informação, tecnologia e usando o melhor do conhecimento em assistência, fazemos o melhor na hora certa. Trabalhamos junto às operadoras para fazer cogestão dessas carteiras, com resultados bem interessantes. 

É claro que, por enquanto, estamos atacando o mato alto, o diabético que pode passar mal amanhã, semana que vem. 

Mas vamos avançar cada vez mais nessa direção e prever eventos que viriam mais lá na frente.


Fazemos o acompanhamento dos pacientes crônicos, aqueles de maior risco. E conseguimos reduções de: (1) 30% em idas a pronto-socorro, (2) de 20% em internações e de 20% em reinternação.

No todo, além de ter um paciente mais saudável, o custo dessas carteiras cai em média 30%.


Nosso foco é mais integração do que novas aquisições. Nossa estrutura não depende de ter uma operadora de planos de saúde. Estamos seguindo com os nossos planos.


Criar produtos com operadoras é uma opção?


Já temos um produto em parceria com a SulAmérica em Brasília, que poderá ser replicado em outras praças

Esse modelo pode trazer vantagens competitivas. 

A estratégia é continuar atuando como player de serviço integrado, oferecendo facilidade aos usuários.


A estratégia é continuar atuando como player de serviço integrado, oferecendo facilidade aos usuários.



Originally published at https://oglobo.globo.com on July 4, 2022.

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