200 mil pessoas morrem por ano no Brasil, por consequências da fratura no quadril


Esta é uma republicação do artigo abaixo, com o título acima”


Uma em cada quatro pessoas que sofrem fratura no quadril morrem no pós-operatório


Portal Hospitais Brasil
09/09/2022


Site Editor:


Joaquim Cardoso MSc.
health transformation — journal

September 14, 2022 (clevelandclinicimage)


De acordo com a IOF ( International Osteoporosis Foundation, ou Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre do inglês), uma em cada quatro pessoas que sofrem fratura de quadril morre no período pós-operatório, que varia de seis meses e um ano. 

O órgão aponta que, no Brasil, cerca de 200 mil mortes por ano resultam dessa quebra do osso. 

Elas não estão, obrigatoriamente, ligadas à fratura, mas, também, a complicações como pneumonia, infecções e problemas cardíacos.


O órgão aponta que, no Brasil, cerca de 200 mil mortes por ano resultam dessa quebra do osso.

Elas não estão, obrigatoriamente, ligadas à fratura, mas, também, a complicações como pneumonia, infecções e problemas cardíacos.


“Entre os que sobrevivem, cerca de metade perde a independência. As fraturas por fragilidade óssea se devem à osteoporose, doença que causa perda de massa óssea e prejuízo de sua estrutura”, ressalta Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP) e presidente da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo).


A condição afeta perto de 10 milhões de brasileiros. 


Francisco de Paula afirma, ainda, que medidas preventivas devem ser tomadas ao longo da vida, ou seja, favorecer o ganho de massa óssea na infância e na adolescência e minimizar a perda de massa óssea que, naturalmente, acontece com o envelhecimento. 

Deste modo tenta-se preservar a saúde esquelética, a qualidade e a expectativa de vida.


A condição afeta perto de 10 milhões de brasileiros.


… que medidas preventivas devem ser tomadas ao longo da vida, ou seja, favorecer o ganho de massa óssea na infância e na adolescência e minimizar a perda de massa óssea que, naturalmente, acontece com o envelhecimento.


Atualmente existem diversos grupos de medicamentos que podem ser usados para melhorar a condição óssea e reduzir o risco de fratura. 


Em pessoas com osteoporose, uma queda da própria altura — o popular “tombo” — pode resultar em fratura. 

Segundo a ABRASSO, cerca de 30% dos adultos acima de 65 anos caem anualmente. Destes, 15% sofrem lesões. 

Atualmente existem diversos grupos de medicamentos que podem ser usados para melhorar a condição óssea e reduzir o risco de fratura.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que uma a cada duas mulheres, após a menopausa, terá fratura óssea. Ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano.


…uma a cada duas mulheres, após a menopausa, terá fratura óssea. Ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano.


“Além do envelhecimento, há outros fatores que aumentam o risco de quedas. 


  • Entre eles estão certos medicamentos usados para tratar ansiedade e depressão, doenças como Alzheimer, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e doença de Parkinson. 
  • Existem, também, outros fatores que são modificáveis, como, por exemplo, o ambiente inapropriado para uma pessoa com debilidade e que pode favorecer quedas e prejuízo visual”, salienta o endocrinologista.

Além do envelhecimento, há outros fatores que aumentam o risco de quedas: — (1) certos medicamentos usados para tratar ansiedade e depressão, doenças como Alzheimer, AVC e doença de Parkinson; 

(2) … outros fatores que são modificáveis, como, por exemplo, o ambiente inapropriado para uma pessoa com debilidade …


Prevenindo quedas


Uma vez que a fratura óssea pode trazer graves riscos à saúde, principalmente em questões como limitação física, dependência, depressão, entre outros, a prevenção a quedas se mostra necessária. 

A recomendação inicial é ir a um médico especialista, mencionar como, quando e onde as quedas acontecem, dizendo também quais medicamentos usa, para que o profissional dê as orientações cabíveis para cada caso.


Muitas vezes ignorada, a visão é um item chave na prevenção a quedas. 


Deve-se ir ao oftalmologista ao menos uma vez no ano, fazer a correção das lentes sempre que necessário e o tratamento de catarata. 

Calçados confortáveis e estáveis são fundamentais, de preferência aqueles com base larga e antiderrapante.


Exercícios físicos também ocupam importante lugar na prevenção à osteoporose, a fraturas e a quedas

A prática diária fortalece a musculatura e proporciona mais equilíbrio

Os exercícios de impacto e força são os mais indicados, mas eles devem ser ajustados para a condição clínica e idade do paciente.



Segurança em casa


Como grande parte das fraturas por osteoporose acontece durante tarefas do cotidiano, é fundamental ter uma casa segura. 


Na cozinha, a altura máxima de armários e prateleiras não deve passar de 1,60m para facilitar o acesso. 

O micro-ondas deve estar a uma altura de 1,30m, com uma prateleira ao lado para apoiar pratos. 

Lavar louças e passar roupas enquanto está sentado é menos cansativo e reduz os riscos de queda.


Também é recomendado evitar escadas, porém, se não for possível, colocar fitas antiderrapantes na borda dos degraus melhora a aderência e sinaliza o limite do chão. 


Uma fita de led abaixo do corrimão ajuda a iluminar e não causa ofuscamento. 

Uma cama mais alta facilita na hora de deitar e levantar. 

Barras de apoio nos banheiros, pisos antiderrapantes e móveis com pontas arredondadas são outras medidas importantes. Os tapetes devem ser evitados.



Congresso de osteoporose


A ABRASSO realizará, em 2022, o 10º BRADOO (Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo), o mais importante evento nacional dedicado ao osteometabolismo, no Windsor Oceânico Hotel, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), de 19 a 22 de outubro. 

Participarão médicos especialistas do Brasil e do exterior, que divulgarão trabalhos científicos e discutirão novas diretrizes sobre as doenças ósseas.


O congresso abordará temas importantes sobre osteometabolismo, em particular a osteoporose. 

Líderes nacionais e alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais participarão dos debates, incluindo endocrinologistas, ortopedistas, reumatologistas, ginecologistas, geriatras, pesquisadores da área básica, fisiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e profissionais de áreas que “conversam”, direta ou indiretamente, com o metabolismo ósseo. 

Confira todos os tópicos em www.bradoo.com.br.


“Por conta da pandemia, decidimos adiar o congresso e fazê-lo no segundo semestre de 2022. 

A data coincidirá, propositalmente, com o ‘Dia Mundial de Prevenção e Combate à Osteoporose’, celebrado em 20 de outubro. O BRADOO reúne sempre os maiores especialistas em saúde óssea do Brasil e do mundo”, conclui o endocrinologista e presidente do congresso, João Lindolfo Borges.


O 10° BRADOO terá como diretora Científica a professora doutora Maria Celeste Osório Wender. 

Presencial, o evento deverá ser um momento de reencontro e confraternização de todos aqueles que têm interesse no estudo, no diagnóstico e no tratamento da osteoporose.


Originally published at https://portalhospitaisbrasil.com.br on September 9, 2022.


Nomes mencionados:


Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP) e presidente da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo).

endocrinologista e presidente do congresso, João Lindolfo Borges

diretora Científica a professora doutora Maria Celeste Osório Wender.

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