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Antonio Pereira (Tom Zé)
CEO Hospital das Clínicas
May 9, 2022
Que a pandemia impulsionou a transformação digital na saúde não é novidade, mas um novo dado divulgado chama atenção: foram investidos US$ 530,6 milhões nas healthtechs em 2021.
Que a pandemia impulsionou a transformação digital na saúde não é novidade, mas um novo dado divulgado chama atenção: foram investidos US$ 530,6 milhões nas healthtechs em 2021.
O número por si só é significativo, mas parece ser ainda mais relevante quando comparado.
- Em dez anos, o investimento no setor saiu de US$ 2,7 milhões em 2011
- até atingir US$ 530,6 milhões em 2021 — este valor é, inclusive, quatro vezes maior do que o investido em 2020 (US$ 127,8 milhões).
Ao todo, 65 empresas em 74 rounds de investimentos foram beneficiadas.
Além disso, o crescimento em números de healthtechs também é um destaque,
- fechando o ano passado com 1.002 delas,
- ante a 645 de 2020, representando um aumento de 55%.
Já são 21 mil profissionais envolvidos nos empreendimentos.
- Um total de 46,4% das healthtechs está atuando com foco em B2B, em que o produto e/ou serviço é vendido para outras empresas;
- outros 28,7% com perfil B2C, que tem o consumidor final como cliente (pessoas físicas); e
- 18,06% tem perfil misto.
Os dados são do Inside HealthTech Report — Retrospectiva 2021 e Tendências 2022, uma publicação do Distrito, divulgada em reportagem no Valor Econômico.
Ecossistemas na saúde
As healthtechs são as startups de saúde, que buscam novas tecnologias e métodos na área.
Muitas vezes, este tipo de empresa é inserida em um ecossistema com hospitais de renome e uma vasta experiência, o que dá ainda mais força para os novos projetos.
Nesta união entre hospitais consagrados e as novas healthtechs, a relação é positiva para ambos.
Se de um lado as startups de saúde apresentam inovações que podem auxiliar e melhorar diagnósticos e tratamentos, os hospitais levam consigo a experiência e conhecimento aprofundado do setor, incluindo as dores — que são problemas altamente previsíveis.
Nesse ecossistema, o novo e a experiência não discutem entre si, mas caminham juntos para alcançar a Saúde 5.0, no qual o paciente estará no centro do atendimento e o acompanhamento será voltado para uma saúde preventiva.
Nesse ecossistema, o novo e a experiência não discutem entre si, mas caminham juntos para alcançar a Saúde 5.0, no qual o paciente estará no centro do atendimento e o acompanhamento será voltado para uma saúde preventiva.
Como já se sabe, a medicina preventiva oferece maior qualidade de vida ao paciente e possibilita que doenças sejam descobertas em seu início, facilitando o tratamento e recuperação.
Tendência para 2022
Em 2022, é esperado que as healthtechs continuem a atrair investimentos, com destaques para as tecnologias voltadas à internet das coisas, inteligência artificial, edge computing, privacidade e segurança de dados, e genética.
Em 2022, é esperado que as healthtechs continuem a atrair investimentos, com destaques para as tecnologias voltadas à internet das coisas, inteligência artificial, edge computing, privacidade e segurança de dados, e genética
Se os investimentos seguirem os padrões nos próximos meses do ano, é possível que um novo recorde seja atingido em 2022.
“Em janeiro e fevereiro, [o investimento] já foi 35% superior ao igual período de 2021”, apontou na reportagem Gustavo Araújo, cofundador do Distrito.
Os tempos para a saúde não têm sido fáceis, mas ainda bem que as novas tecnologias, desenvolvidas por ecossistemas, têm auxiliado a medicina a enfrentar os novos desafios.
E melhor ainda que o mercado tem reconhecido a importância dos investimentos na área!
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