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Joaquim Cardoso MSc.
Servant Leader, Chief Research & Strategy Officer (CRSO),
Editor in Chief and Senior Advisor
January 7, 2024
Este é um Sumário Executivo do artigo “Hospitais privados freiam expansão e contratações por falta de recursos”, escrito por Cláudia Collucci, e publicado pela Folhapress.
Qual é a mensagem:
A crise financeira nos hospitais privados do Brasil reflete uma necessidade urgente de reformas estruturais no sistema de saúde suplementar. A colaboração entre operadoras e prestadores, juntamente com mudanças significativas no modelo de remuneração e na utilização de tecnologia, é essencial para garantir um sistema de saúde privado estável e eficaz.
Sumário de uma página:
Os Hospitais privados no brasil vivem uma situação preocupante e enfrentam dificuldades para expandir e contratar devido à falta de recursos financeiros.
Um levantamento inédito da Anahp revela que
- 72,6% dos hospitais não conseguiram realizar seus planos de expansão e
- 70,6% não puderam contratar devido à escassez de recursos em 2023.
- Cerca de R$ 3,6 bilhões deixaram de ser investidos no ano passado.
A crise no sistema de saúde suplementar é uma das principais razões para essa restrição, resultando em atrasos nos pagamentos por parte dos planos de saúde aos hospitais.
- Isso totaliza R$ 2,3 bilhões em atrasos, representando 16% do faturamento dos hospitais.
- Além disso, o aumento das glosas, que subiram de 3,5% para 9% no ano passado, também contribui para a pressão financeira sobre os hospitais.
Os altos juros, particularmente a Selic, impactaram negativamente os investimentos, gerando temor em buscar financiamento nos bancos. Isso afeta a manutenção de equipamentos hospitalares, e hospitais menores são mais afetados.
A expectativa é de que o cenário em 2024 seja similar ao de 2023, com poucas melhorias nos prazos de pagamento, glosas e negociações com as operadoras de saúde.
Embora haja um leve otimismo em alguns indicadores nos últimos meses, as verdadeiras causas estruturais do problema requerem reformas no sistema de saúde suplementar.
Mudanças como confiança mútua entre prestadores e operadoras, ampliação da telemedicina, interoperabilidade de dados e mudanças no modelo de remuneração são necessárias para superar essas dificuldades.
As federações Fenasaúde e Abramge defendem que as operadoras não são responsáveis pela falta de investimento nos hospitais, citando um aumento de 40% nos pagamentos de internações de 2018 a 2022. Alegam que as glosas ocorrem apenas quando identificadas irregularidades nos processos de cobrança, sem práticas discricionárias.
Conclusões e Recomendações:
A crise financeira enfrentada pelos hospitais privados do Brasil é complexa, envolvendo atrasos nos pagamentos, aumento das glosas e altas taxas de juros que limitam o acesso a financiamentos. Reformas estruturais no sistema de saúde suplementar são urgentemente necessárias para garantir a estabilidade financeira dessas instituições.
É essencial estabelecer confiança e colaboração entre operadoras e prestadores, promover a interoperabilidade de dados, reformular o modelo de remuneração e expandir a telemedicina para enfrentar esses desafios. As associações devem trabalhar em conjunto para melhorar as condições financeiras dos hospitais, garantindo um sistema de saúde privado sustentável e eficiente.
Nota do Editor (Joaquim Cardoso MSc)
Dados sobre inadimplência em 2022, segundo ANAHP
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