Mortalidade por causas evitáveis volta a crescer no Brasil – falta estratégia e investimento

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Joaquim Cardoso MSc.


Chief Research Officer (CSO), Chief Editor
Chief Strategy Officer (CSO) and Senior Advisor

August 4, 2023

Qual é a mensagem?

Após 10 anos de declínio, a mortalidade por causas evitáveis no Brasil aumentou em 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Esse indicador não considera as mortes causadas pelo novo coronavírus, mas os especialistas atribuem a piora ao impacto da crise sanitária nos serviços de saúde.

Quais são os pontos principais?

  • Segundo reportagem de O Globo, publicado no dia 27 de julho de 2023, O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) divulgou um levantamento mostrando que, após 10 anos de declínio, a mortalidade por causas evitáveis no Brasil aumentou em 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19.
  • Esse indicador não considera as mortes causadas pelo novo coronavírus, mas os especialistas atribuem a piora ao impacto da crise sanitária nos serviços de saúde.
  • A pesquisa revela uma queda acentuada no número de hospitalizações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante a crise.
  • O indicador de causas evitáveis é importante porque mostra óbitos que poderiam ter sido evitados com políticas de saúde adequadas e implementadas no momento correto.
  • Alguns exemplos de causas evitáveis incluem infecções imunopreveníveis (como tétano, tuberculose e hepatites), cânceres colorretais associados a maus hábitos alimentares, tumores de colo de útero relacionados à falta de vacinação contra o HPV, doenças cardiovasculares, obesidade, descontrole de diabetes e hipertensão, entre outros quadros preveníveis.
  • Os estados do Rio de Janeiro e Roraima apresentaram as piores taxas de óbitos evitáveis a cada 100 mil habitantes.
  • A mortalidade materna é apontada como um dos principais motivos para o aumento da mortalidade por causas evitáveis, e o Brasil viu seus indicadores de mortalidade materna retrocederem a níveis de 30 ou 40 anos atrás devido à pandemia.
  • Os especialistas destacam que a cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS), que é fundamental para prevenir complicações que levam a óbitos, ainda não é universalizada no país.
  • Além da expansão da APS, os especialistas enfatizam a importância de um planejamento estratégico para melhorar os serviços de saúde e enfrentar os desafios específicos de cada localidade.
  • O investimento no sistema público de saúde é um problema, visto que a pasta da Saúde possui o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, mas cresceu apenas 2,5% entre 2013 e 2023, indicando estagnação orçamentária na última década.
  • Para alcançar um cenário melhor, é necessário um financiamento adequado e uma abordagem estratégica para melhorar a saúde no país.

Texto publicado originalmente em oglobo.globo.com

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