Pandemia diminui pela metade transplantes de córnea no país



Revista Medicina SA
23 de Março de 2022


Desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, em março de 2020, o transplante de córnea é um dos mais afetados no país. 

Dados apresentados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos () apontam que em 2020 este tipo de cirurgia caiu praticamente pela metade. 

Naquele ano, o país registrou 7,1 mil transplantes de córnea ante 14,9 mil em 2019.


… em 2020 este tipo de cirurgia caiu praticamente pela metade.

… o país registrou 7,1 mil transplantes de córnea ante 14,9 mil em 2019.


No ano passado, o levantamento da associação revela que o procedimento continuou 16% abaixo da pré-pandemia com 12,7 mil brasileiros transplantados. 

Com o número de captações e transplantes em queda, a instituição informa que a fila de espera para o transplante cresceu 80%. No final de 2019, eram 10,7 mil inscritos, já em dezembro de 2021 eram 18,8 mil pessoas à espera do transplante.


Com o número de captações e transplantes em queda, a instituição informa que a fila de espera para o transplante cresceu 80%. No final de 2019, eram 10,7 mil inscritos, já em dezembro de 2021 eram 18,8 mil pessoas à espera do transplante.


A córnea é um tecido transparente que fica localizado na parte frontal do olho. Tal como em uma máquina fotográfica ela é a primeira lente por onde a luz penetra e, por isso, precisa ter total transparência para que a luz atravesse todo o olho até a parte posterior, onde a imagem é decodificada. Uma córnea doente, acometida, por exemplo, por ceratocone, doenças congênitas, distrofias de córnea e cicatrizes pós trauma, perdem essa transparência e a visão fica prejudicada. Após se esgotarem as outras alternativas de tratamento, o transplante geralmente é indicado para a reabilitar a visão do paciente.


Doação


O procedimento é simples e deve ser autorizado pela família. Por isso, é importante que quem deseja ser doador de córnea, avise os familiares sobre a sua decisão. A captação da córnea doadora é feita em poucas horas após a morte do paciente e fica imperceptível para família do doador.


Quem não pode doar

Pessoas que tiveram linfomas ativos e leucemias, hepatites B e/ou C, HIV (AIDS), infecção generalizada, endocardite bacteriana, raiva, ou algumas doenças em atividade como sífilis ativa e leptospirose. Já os casos de pacientes que realizaram cirurgias nos olhos, ou que tenham miopia, hipermetropia e astigmatismo não são impedimento para a doação. (Com informações da Agência Brasil)


Originally published at https://medicinasa.com.br on March 23, 2022.

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