9 exemplos inovadores da telessaúde em ação


Philips
jun 15, 2021 

Estimulados pela pandemia da COVID-19, os profissionais de saúde recorreram à telessaúde para superar as distâncias em tempos de separação física. 

Como será essa nova era de atendimento virtual após a pandemia? 

Aqui estão nove exemplos de telessaúde que dão uma ideia do futuro da prestação de serviços de saúde — mostrando como a telessaúde pode não apenas proporcionar uma experiência mais conveniente para funcionários e pacientes, mas também estender o alcance do atendimento àqueles que podem ter dificuldades para acessá-lo.

  1. Triagem e interação online com pacientes antes de entrarem em uma unidade de saúde
  2. Receber pacientes em uma unidade de saúde por meio de “sala de espera virtual”
  3. Apoiar a Radiologia na obtenção de imagens remotamente
  4. A experiência do ultrassom à beira leito com aplicação remota ao vivo
  5. Possibilitar que médicos intervencionistas aprendam sem ter que sair de seus laboratórios
  6. Auxiliar equipes de terapia intensiva à distância
  7. Manter um olhar atento em pacientes com biossensores auto adesivo
  8. Oferecer tranquilidade às gestantes por meio do monitoramento remoto
  9. Oferecer fácil acesso à telemedicina através de uma estação de atendimento virtual

1. Triagem e interação online com pacientes antes de entrarem em uma unidade de saúde

Entre os muitos exemplos de telemedicina que foram impulsionados pela necessidade durante a pandemia, um que provavelmente perdurará é a triagem dos pacientes e a interação on-line com eles — mesmo antes de o paciente colocar os pés em um centro de saúde.

Desde o impacto da COVID-19, hospitais e organizações de assistência domiciliar têm usado questionários on-line para fazer a triagem e monitorar pacientes com suspeita de coronavírus, utilizando call centers para entrar em contato com pacientes de alto risco e obter informações adicionais antes de encaminhá-los ao provedor de atendimento apropriado. Isso ajudou a evitar que funcionários e pacientes fossem expostos a riscos desnecessários, usando os recursos limitados onde eram mais necessários.

Embora os riscos de segurança diminuam à medida que a pandemia retrocede, há muitos outros motivos pelos quais as ferramentas de triagem e interação online continuarão a ter uma adoção mais ampla — incluindo maior conveniência, um paciente com mais interação e a possibilidade de reduzir o tempo de internação hospitalar.

Por exemplo, o coaching de estilo de vida on-line pode ajudar os pacientes a ficarem em melhor forma física antes de um procedimento cirúrgico, o que normalmente exigiria que ficassem no hospital por alguns dias. Com o monitoramento remoto de saúde adicionado como uma rede de segurança, após a alta hospitalar (veja o exemplo nº 7 abaixo) os pacientes podem voltar para casa mais cedo para se recuperar no conforto de seus lares.


2. Receber pacientes em uma unidade de saúde por meio de “sala de espera virtual”

Em uma época em que podemos reservar um voo ou hotel on-line em segundos, pegar o telefone para agendar uma consulta em um centro de saúde pode parecer uma tarefa incômoda. Mas o setor de saúde agora está se atualizando rapidamente, com o advento de ferramentas de agendamento on-line, que permitem aos pacientes selecionar facilmente um horário disponível no calendário que se encaixe em suas agendas lotadas — enquanto, ao mesmo tempo, otimiza a disponibilidade de pessoal e local.
 
 Após o agendamento de sua consulta, a interação contínua dos pacientes digitais pode levá-los mais adiante em sua jornada. Isso também pode ajudar a reduzir as chances de os pacientes não comparecerem à consulta por questões de segurança ou outros motivos, o que é um desafio comum na área de saúde hoje. Na radiologia, por exemplo, as taxas de não comparecimento podem chegar a 7% [1] — causando atrasos que podem ser evitados no diagnóstico e tratamento, interrupções no fluxo de trabalho e perdas financeiras de até US$ 1 milhão [2].
 
 Durante a pandemia, os principais centros de radiologia têm usado mensagens de texto personalizadas para lembrar os pacientes de seus próximos exames e os deixam confortáveis, compartilhando links para protocolos de segurança e outros conteúdos educacionais. Eles também virtualizaram seus processos de registro, permitindo que os pacientes se registrem com uma mensagem de texto assim que chegam ao hospital. Os funcionários recebem uma notificação automática através do sistema RES e podem enviar uma mensagem de texto de volta assim que estiverem prontos para receber o paciente.
 
 Este tipo de “sala de espera virtual” pode muito bem se tornar a nova norma — permitindo que os pacientes desfrutem de um passeio ou esperem no conforto de seus carros até o início de sua consulta.


3. Apoiar a Radiologia na obtenção de imagens remotamente

Além das ferramentas da telemedicina e que conectam pacientes a prestadores de cuidados, o uso de delas de provedor para provedor também disparou no ano passado, oferecendo aos profissionais de saúde formas modernas e inovadoras de colaboração, mesmo quando estão a muitos quilômetros de distância.
 
 Embora esta solução ainda não tenha sido lançada para os mercados latino-americanos, uma dessas inovações em diagnóstico por imagem médicos, chamada, Command Center de Operações de Radiologia, permite que tecnólogos especializados em imagem treinem, guiem e ajudem colegas menos experientes ou especializados em outros locais via satélite. O poder deste conceito é que ele permite colaboração e monitoramento de apoio em tempo real, enquanto o paciente está na mesa do scanner. Isso ajuda a garantir uma qualidade de imagem consistente em todos os locais, hminimizando a necessidade de varreduras repetidas e desnecessárias que sobrecarregam os pacientes, equipe e agenda.
 
 Como um benefício adicional, este modelo hub-and-spoke virtual também pode expandir o acesso a diagnósticos por imagem avançados, como RM e TC em mais locais, mais perto de onde os pacientes vivem e em horários mais flexíveis. Isso não apenas oferece aos pacientes mais conveniência, mas também significa que eles têm mais chances de obter um diagnóstico e tratamento no momento certo, onde quer que vivam.


4. A experiência do ultrassom à beira leito com aplicação remota ao vivo 

O tele-ultrassom é outro dos muitos exemplos que estão surgindo na telemedicina e que pode ajudar a tornar o conhecimento especializado mais amplamente disponível em toda a rede de saúde — particularmente em regiões remotas onde pode haver escassez de pessoal especializado.
 
 Embora a tecnologia do ultrassom está se tornando mais fácil de operar, ela ainda requer um nível relativamente alto de habilidades manuais, especialmente em casos clínicos mais complexos. Usando uma plataforma de colaboração ao vivo integrada a um sistema de ultrassom, como é o caso do Lumify REACTS que permite a colaboração em tempo real, um ultrassonografista experiente em um hospital urbano pode apoiar um colega na realização do exame em um local remoto.
 
 Um médico especializado pode usar a mesma plataforma de tele-ultrassom para tranquilizar o paciente imediatamente e explicar os resultados do exame à distância, evitando o estresse de ter que esperar pelos resultados por uma ou duas semanas.


5. Possibilitar que médicos intervencionistas aprendam sem ter que sair de seus laboratórios

Os médicos intervencionistas, que realizam procedimentos minimamente invasivos guiados por imagem, também começaram a explorar o uso de plataformas de colaboração virtual para continuar a transmitir informações entre eles — mesmo quando não podem estar na mesma sala por causa das restrições de viagens relacionadas à COVID-19.
 
 O conhecimento profundo de procedimentos intervencionistas novos e altamente especializados pode ser limitado a um pequeno grupo de médicos. Normalmente, esses especialistas estariam fisicamente presentes em uma sala de intervenção para oferecer treinamento no trabalho a um usuário menos experiente. Por meio de recursos virtuais, eles podem monitorar seus colegas com webcams montadas no teto da sala de intervenção. Da mesma forma, especialistas técnicos — que conhecem todas as aplicabilidades do dispositivo de tratamento específico ou sistema intervencionista — podem ser chamados para prestar suporte remoto antes, durante e depois dos procedimentos.
 
 Embora ainda seja cedo e mais testes ainda devam ser feitos, as primeiras experiências com este tipo de colaboração baseada em nuvem foram altamente encorajadoras. Por exemplo, um estudo mostrou como um médico especialista no Canadá supervisionou, com sucesso, o primeiro uso de um novo tipo de implante para tratar aneurismas cerebrais, nos EUA, por meio de streaming audiovisual bidirecional e com imagens sendo compartilhadas de forma desidentificada, compatível com HIPAA [3]. No futuro, pode-se imaginar o uso mais amplo de tais ferramentas para a rápida disseminação de conhecimento — com médicos intervencionistas especializados prescrevendo, comentando e compartilhando com segurança seus próprios vídeos educacionais. 


6. Auxiliar equipes de terapia intensiva à distância

As tele-UTIs são outro grande exemplo de como a telessaúde pode estender a linha de visão dos médicos a qualquer hospital do país — ou até mesmo do mundo.
 
 Lideradas por uma equipe de cuidados intensivistas em uma instalação de monitoramento central que funciona como um centro de controle de tráfego aéreo, as tele-UTIs permitem que os pacientes sejam monitorados remotamente e façam a transição para o ambiente de tratamento mais adequado. Intensivistas e enfermeiros no núcleo central são apoiados por câmeras de alta definição, telemetria e visualização avançada de dados para auxiliar seus colegas ao lado do leito, onde quer que estejam. A análise preditiva alerta as equipes de atendimento aos primeiros sinais de piora do paciente, permitindo que intervenham rapidamente quando necessário.
 
 Durante a pandemia, as tele-UTIs desempenharam um papel fundamental no fornecimento de suporte para cuidados graves, uma vez que as UTIs estavam lotadas de pacientes. Antes da pandemia, as tele-UTIs já demonstravam seu valor enfrentando a escassez de pessoal intensivista. Por exemplo, por meio de uma colaboração inter-continental de tele-UTIs, equipes de cuidados intensivos na Austrália podem observar os pacientes em um hospital dos EUA reduzindo a carga de trabalho noturno tradicional. A COVID-19 deixará uma marca duradoura na prestação de serviços de saúde. Assim, os próximos anos provavelmente verão uma nova expansão dos programas de tele-UTI em todo o mundo.


7. Manter um olhar atento em pacientes com biossensores auto adesivo

Como será o monitoramento remoto de pacientes de agora em diante? Espera-se que os biossensores vestíveis sejam boa parte da resposta. Usados discretamente no tórax, esses sensores podem medir e transmitir sinais vitais, como dados respiratórios e frequência cardíaca, bem como outros dados do paciente, como postura e nível de atividade.
 
 Após o surto da COVID-19 e a escassez de EPIs, que ocorreu inicialmente, os hospitais se beneficiaram muito com o uso de biossensores auto adesivo para monitorar com cautela os pacientes em enfermarias de COVID-19 sem expor a equipe a riscos desnecessários. No entanto, sua aplicação potencial se estende muito além disso — desde configurações de baixa acuidade no hospital até as casas das pessoas.
 
 Na Holanda, por exemplo, lançamos recentemente um novo sensor auto adesivo que pode ajudar os médicos a monitorar os pacientes ao fazerem a transição do hospital para casa. O sensor transmite dados de saúde relevantes a cada 5 minutos por 14 dias. 
 
 No longo prazo, os biossensores vestíveis também podem dar suporte ao monitoramento remoto de doenças crônicas como a DPOC, à medida que os cuidados de saúde chegam aos lares. Os benefícios potenciais são claros: maior conforto para o paciente, redução do custo do atendimento e uma oportunidade de agir mais cedo sobre a piora do paciente para prevenir reinternações hospitalares que podem ser evitadas.


8. Oferecer tranquilidade às gestantes por meio do monitoramento remoto

Uma grande população que se beneficiará com as novas tecnologias de monitoramento são as gestantes, especialmente aquelas com riscos de complicações. A pandemia destacou o valor dos cuidados pré-natal remoto, pois muitas mulheres estão preocupadas com o impacto da infecção por COVID-19 na gestação [4].
 
 Usando um eletrodo sem fio e eletrodos adesivos descartáveis colocados no abdômen da mulher, os cuidadores podem monitorar os sinais vitais da mãe e do bebê remotamente reduzindo interações físicas desnecessárias. As gestantes não precisam colocar e tirar os eletrodos adesivos e — podem até usá-los no chuveiro ou enquanto estão dormindo.
 
 Após a pandemia, esperamos ver uma maior adoção do monitoramento obstétrico remoto, oferecendo às mulheres com alto risco maior tranquilidade e, ao mesmo tempo, mantendo-as estreitamente conectadas a seus cuidadores.


9. Oferecer fácil acesso à telemedicina através de uma estação de atendimento virtual


Apesar do claro potencial desses e de outros exemplos de telemedicina para melhorar o acesso aos cuidados, independentemente de onde os pacientes vivam, a pandemia também gerou preocupações de que grande parte da população pode ser deixada para trás por falta de acesso a uma conexão de internet confiável [5]. E isso não é apenas um problema rural. Na cidade de Nova York, por exemplo, aproximadamente 50% das famílias de baixa renda não têm acesso à internet [6].
 
 É por isso que é importante que as inovações de telessaúde sejam apoiadas por novos pontos de acesso físico, especialmente em comunidades carentes.
 
 Com esse objetivo em mente, desenvolvemos um conceito com base nos Estados Unidos denominado Estação de Atendimento Virtual: um ambiente de telessaúde em forma de móduloque oferece serviços de atendimento virtual em locais convenientes em um bairro, como estabelecimentos de varejo ou prefeituras. Os pacientes podem sentar-se em uma sala privada para ter uma conversa virtual com seu médico. A Estação de Atendimento Virtual é composta por uma câmera, iluminação e alto-falantes de alta qualidade — todos especificamente projetados para ajudar o provedor a ter uma boa visão da área de preocupação do paciente, como um ferimento ou problema de pele.

É um sinal claro do futuro que está por vir: no qual os pacientes serão capazes de se conectar com seus cuidadores a qualquer hora e em qualquer lugar, por meio de uma combinação inteligente de monitoramento domiciliar, consultas de telessaúde e pontos de acesso físico próximos de onde os pacientes vivem.


Referencias

 
[1] Rosenbaum J.I., Mieloszyk R.J., Hall C.S., Hippe D.S., Gunn M.L., Bhargava, P. (2018). Understanding Why Patients No-Show: Observations of 2.9 Million Outpatient Imaging Visits Over 16 Years. J Am Coll Radiol, 15(7):944–950. https://doi.org/10.1016/j.jacr.2018.03.053

[2] Rebecca J., Mieloszyk, J.I., Rosenbaum, C.S., Hall, U., Puneet B. (2018). The Financial Burden of Missed Appointments: Uncaptured Revenue Due to Outpatient No-Shows in Radiology. Current Problems in Diagnostic Radiology, 47(5): 285–286. https://doi.org/10.1067/j.cpradiol.2018.06.001

[3] Orru’ E, Marosfoi M, Patel NV, et al. (2020). International teleproctoring in neurointerventional surgery and its potential impact on clinical trials in the era of COVID-19: legal and technical considerations. Journal of NeuroInterventional Surgery. https://doi:10.1136/neurintsurg-2020-017053

[4] Nanjundaswamy MH, Shiva L, Desai G, et al. (2020). COVID-19-related anxiety and concerns expressed by pregnant and postpartum women-a survey among obstetricians. Arch Womens Ment Health. 23(6):787–790. https://doi:10.1007/s00737-020-01060-w

[5] Bakhtiar M, Elbuluk N, Lipoff JB. The digital divide: How COVID-19’s telemedicine expansion could exacerbate disparities. J Am Acad Dermatol. 2020;83(5):e345-e346. https://doi:10.1016/j.jaad.2020.07.043

[6] City of New York. De Blasio Administration Releases Internet Master Plan For City’s Broadband Future. 2020. https://www1.nyc.gov/office-of-the-mayor/news/010-20/de-blasio-administration-releases-internet-master-plan-city-s-broadband-future

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