Segundo Ugur Sahin, a vacina perde eficácia com o tempo
Poder360
20.dez.2021
Drs. Ugur Sahin and Ozlem Tureci, Co-founders, BioNTech, @ Time
As vacinas existentes contra a covid podem não ser suficientes contra a variante ômicron, segundo o CEO da BioNTech, Ugur Sahin. Declaração foi dada em entrevista ao jornal Le Monde publicada nesta 2ª feira (20.dez.2021)
“Devemos estar cientes que mesmo pessoas triplamente vacinadas podem transmitir a doença… É óbvio que estamos longe dos 95% da eficácia que obtivemos contra o vírus inicial”, disse Ugur Sahin ao diário francês.
A pesquisa mais recente realizada na África do Sul sugere que duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech oferecem 70% de proteção contra internações em casos de covid-19 causados pela variante.
“Haverá uma perda de eficácia contra a ômicron ao longo do tempo, é muito provável, mas ainda temos que medir a velocidade. Não basearei previsões em dados laboratoriais preliminares, mas em dados da vida real, que são muito mais apropriados”, disse.
Sahin disse que a testagem e o uso de máscaras continuam importantes, “caso contrário, não seremos capazes de controlar a rápida expansão desta nova variante”.
De acordo com Sahin, a BioNTech e a Pfizer já trabalham na produção de uma vacina adaptada à ômicron, que deve ficar pronta em março de 2022.
A OMS informou no sábado (17.dez.2021) que 89 países já relataram casos da variante do coronavírus. A Organização Mundial de Saúde afirmou também que a grande transmissibilidade é preocupante e maior que a variante delta.
O número de casos leva de 1,5 a 3 dias para dobrar em áreas com transmissão comunitária. Em atualização, o órgão afirmou que a ômicron está se espalhando rapidamente em países com altos níveis de imunidade populacional.
Apesar de ainda não saberem o motivo para isso, a organização aponta 3 hipóteses: a capacidade do vírus de escapar da imunidade, seu possível aumento próprio de transmissibilidade ou uma combinação dos 2.
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