Importância da Vacinação na Saúde Pública: Combatendo a Hesitação Vacinal

the health strategist
institute for strategic health transformation 
& digital technology

Joaquim Cardoso MSc.


Chief Research and Strategy Officer (CRSO),
Chief Editor and Senior Advisor

November 3, 2023

Qual é a mensagem?

O artigo destaca a importância crucial da vacinação como uma estratégia efetiva para a saúde da população, combatendo a crescente hesitação vacinal e promovendo a compreensão do impacto positivo das vacinas na erradicação de doenças imunopreveníveis.

o artigo enfatiza a necessidade urgente de valorizar e promover a vacinação como um pilar da saúde pública, combatendo a hesitação vacinal e destacando os benefícios significativos que as vacinas proporcionaram à humanidade.

Quais são os pontos principais?

  • Desafio da Infodemia: A pandemia de Covid-19 exacerbou a infodemia, inundando o público com informações imprecisas, muitas provenientes de fontes não confiáveis, incluindo desinformação nas redes sociais. Isso contribuiu para a hesitação vacinal, atrasando ou levando à recusa da vacinação.
  • Necessidade de Educação: O artigo destaca a necessidade de educar a população sobre a importância histórica da vacinação. Muitas pessoas e até mesmo profissionais de saúde desconhecem as doenças erradicadas graças às vacinas, como a varíola, e os avanços na qualidade de vida e longevidade que a imunização proporcionou.
  • Impacto das Vacinas: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as vacinas salvam mais de três milhões de vidas anualmente em todo o mundo. A imunização é considerada uma política pública prioritária e fundamental para o desenvolvimento de qualquer país.
  • Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil: O Brasil possui um Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 1973, que preveniu doenças transmissíveis como poliomielite, sarampo, tétano e coqueluche por meio de cerca de 20 vacinas no calendário nacional.
  • Desafios da Não Vacinação: Apesar dos avanços, o movimento antivacina ganhou destaque em alguns países desenvolvidos, resultando em surtos de doenças preveníveis, como o sarampo. Argumentos variados, incluindo o direito de escolha, levantam preocupações sobre a não vacinação.
  • Riscos Atuais: A baixa taxa de vacinação em todo o mundo expõe a população a doenças imunopreveníveis, como a poliomielite, que embora erradicada no Brasil há mais de 30 anos, ainda circula em algumas partes do mundo, representando um risco de reintrodução.
  • Apelo à Reflexão: O artigo convida todos a refletirem sobre a importância da imunização e a contribuírem para a redução e erradicação de doenças imunopreveníveis. A pesquisa contínua e o acesso a fontes confiáveis de informação desempenham um papel fundamental na dissipação de dúvidas e na promoção da vacinação.

APROFUNDAMENTO

Vacinação: uma estratégia efetiva para a saúde da população

Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

Regiane A. Cardoso de Paula, Tatiana Lang D’Agostini e Jéssica Pires de Camargo

9 de junho de 2023

A pandemia de Covid-19 apenas reforçou um problema mundial: a infodemia. O excesso de informações, precisas ou não, que muitas vezes levam a população a não encontrar fontes confiáveis de informação, atrelado a informações falsas e sem fundamento científico que são divulgadas em sua grande maioria em redes sociais e aplicativos de mensagem, gerou desinformação sobre as vacinas, contribuindo para seu atraso ou recusa, a chamada hesitação vacinal (1,2).

O resgate histórico com informações precisas sobre a importância da vacinação é fundamental para que a população se sensibilize da real necessidade e impacto de uma ação de imunização. Muitas pessoas, e até mesmo profissionais de saúde, nos dias de hoje desconhecem diversas doenças extintas graças ao advento das vacinas no Brasil e no mundo. A vacinação ajudou a reduzir casos de várias doenças transmissíveis, como o sarampo. Ela também é uma das únicas estratégias para a erradicação de doenças no mundo, como por exemplo a varíola. Se hoje temos importantes avanços na longevidade, qualidade de vida e bem-estar, podemos dizer que a imunização foi um dos fatores que contribuiu para o aumento da expectativa de vida (3,4).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as vacinas salvam mais de três milhões de vidas todos os anos no mundo (5). Isso é algo extraordinário e faz com que a vacinação seja uma política pública prioritária e fundamental para o bom desenvolvimento de qualquer país (6).

No Brasil, contamos com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Ministério da Saúde que, desde sua criação em 1973, tem possibilitado a prevenção de importantes doenças transmissíveis como poliomielite, sarampo, tétano e coqueluche, entre outras, disponibilizando cerca de 20 vacinas que compõem o calendário nacional de vacinação (2,6,7).

Apesar dos grandes avanços que têm ocorrido nas últimas três décadas, infelizmente nota-se uma corrente de pensamento de pessoas que defendem a não vacinação como uma importante medida de saúde pública (8,9). Os movimentos antivacina vêm tendo destaque nos últimos tempos, principalmente em países desenvolvidos. A exemplo disso temos a Europa e os Estados Unidos, que vivenciaram um surto de sarampo em 2018 sendo, a maioria dos casos, indivíduos intencionalmente não vacinados (2). Os argumentos são variados, indo de fatores alimentares ao direito de escolha em receber ou não um imunobiológico. Todas as alegações têm seu peso e valor, porém é necessário que, por vezes, os valores coletivos maiores (como o direito à saúde) sejam priorizados em detrimento aos ideais individuais (5,7,10).

Atualmente, em vista das baixas taxas de vacinação no mundo, ficamos expostos a doenças imunopreveníveis (preveníveis por meio das vacinas) consideradas eliminadas em nosso país. É o caso da poliomielite, um vírus responsável por causar paralisia infantil e que há mais de 30 anos não se registram casos no Brasil, porém alguns países nos continentes africano e asiático ainda possuem circulação do vírus, expondo o mundo ao risco de reintrodução da doença em outros locais (11).

Assim, convidamos todos a refletir sobre a magnitude da imunização e a contribuir para a redução e erradicação de doenças, especialmente as imunopreveníveis. A continuidade da realização de pesquisas em torno do tema e a busca por fontes e canais de informação seguros e confiáveis colaboram para que as dúvidas em relação às vacinas sejam esclarecidas, contribuindo para o conhecimento e a mobilização, tanto da população como dos profissionais de saúde, e consequentemente, melhorando as taxas de vacinação e redução/eliminação das doenças.

Originalmente publicado em https://www.linkedin.com/pulse

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