Mais de 700 mil novos casos de câncer por ano devem surgir até 2025 — espera-se para os próximos anos a ‘epidemia do câncer’, muito por conta da Covid-19


Estimativa foi divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer e contempla os 21 tumores mais incidentes no pais


Sumário:


  • São esperados 704 mil casos novos para cada ano do triênio, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

  • Os dados mostram um aumento de 0,4% na estimativa de casos novos de câncer de pulmão em mulheres para 2023, em comparação com a última estatística de 2020.

  • Já no caso dos homens houve uma queda na mesma porcentagem, 0,4%.

  • “Espera-se para os próximos anos a ‘epidemia do câncer’. Muito por conta da epidemia da Covid-19, que fez com que as pessoas deixassem de fazer exames periódicos e consultas médicas.


Quais os principais tipos de câncer?


  • O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos),seguido pelos de mama feminina (10,5%),próstata (10,2%),cólon e reto (6,5%),pulmão (4,6%)e estômago (3,1%).


Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.

  • Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa esta posição.

  • Os tumores de mama e ginecológico corresponderão a um número de 105 mil novos casos por ano, fazendo com que o câncer feminino assuma a liderança na incidência de cânceres na população brasileira.

  • Esse aumento pode ser fruto de não rastreamento, principalmente do câncer de colo de útero, que é uma doença passível de prevenção”,

  • O estilo de vida pode influenciar este aumento de cânceres femininos.


O câncer de pulmão em mulheres é outro problema.

  • Está crescendo o número de pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão que nunca fumaram e, muitas vezes, nunca tiveram contato direto com fumantes”,




ALVOS Pulmões: crescimento na incidência de casos Thinkstock/VEJA/VEJA

Veja
Cilene Pereira

23 nov 2022


O Instituto Nacional de Câncer (INCA) publicou nesta quarta-feira, 23, a Estimativa 2023 — Incidência de Câncer no Brasil para o triênio 2023–2025. 


São esperados 704 mil casos novos para cada ano do triênio, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. 

A publicação faz parte da celebração do Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro).


A estimativa é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no Brasil, fornecendo informações fundamentais para a definição de políticas públicas. 


Ao todo foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no País, dois a mais do que na publicação anterior, em 2020, com a inclusão dos tumores de pâncreas e de fígado. 

Eles entraram na lista por serem problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base nas estimativas mundiais. 

“Espera-se para os próximos anos a ‘epidemia do câncer’. Muito por conta da epidemia da Covid-19, que fez com que as pessoas deixassem de fazer exames periódicos e consultas médicas. 

Esperamos um aumento considerável, principalmente para pessoas abaixo de 50 anos”, diz a oncogeneticista Isabella Tavares.


“Espera-se para os próximos anos a ‘epidemia do câncer’. Muito por conta da epidemia da Covid-19, que fez com que as pessoas deixassem de fazer exames periódicos e consultas médicas.


ALVOS Pulmões: crescimento na incidência de casos Thinkstock/VEJA/VEJA

  • O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), 
  • seguido pelos de mama feminina (10,5%), 
  • próstata (10,2%), 
  • cólon e reto (6,5%), 
  • pulmão (4,6%) 
  • e estômago (3,1%). 

Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. 

Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa esta posição.


Os tumores de mama e ginecológico corresponderão a um número de 105 mil novos casos por ano, fazendo com que o câncer feminino assuma a liderança na incidência de cânceres na população brasileira. 


“Houve um aumento no total de casos de cânceres, o que significa um crescimento da incidência em relação à última estimativa. 

Esses podem ser frutos de não rastreamento, principalmente do câncer de colo de útero, que é uma doença passível de prevenção”, diz a oncologista Angélica Rodrigues Nogueira.


Os tumores de mama e ginecológico corresponderão a um número de 105 mil novos casos por ano, fazendo com que o câncer feminino assuma a liderança na incidência de cânceres na população brasileira.


Esses podem ser frutos de não rastreamento, principalmente do câncer de colo de útero, que é uma doença passível de prevenção”, …


Segundo ela, o estilo de vida pode influenciar este aumento de cânceres femininos. 


“Hoje, as mulheres têm um menor número de filhos ou uma gestação mais tardia, além de uma alimentação inadequada e menos tempo para atividades físicas associados à correria do dia a dia”, afirma Angélica.


ALVOS Pulmões: crescimento na incidência de casos Thinkstock/VEJA/VEJA

O câncer de pulmão em mulheres é outro problema.


Enquanto a incidência deste tipo de câncer em homens vem caindo gradativamente, apesar de números ainda elevados, nas mulheres vem aumentando nos últimos anos. 

Os dados revelados hoje pelo INCA mostram um aumento de 0,4% na estimativa de casos novos de câncer de pulmão em mulheres para 2023, em comparação com a última estatística de 2020. 

Já no caso dos homens houve uma queda na mesma porcentagem, 0,4%. 

“Ainda não se sabe exatamente a causa, mas está crescendo o número de pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão que nunca fumaram e, muitas vezes, nunca tiveram contato direto com fumantes”, diz o oncologista Carlos Gil Ferreira.


Os dados revelados hoje pelo INCA mostram um aumento de 0,4% na estimativa de casos novos de câncer de pulmão em mulheres para 2023, em comparação com a última estatística de 2020.

Já no caso dos homens houve uma queda na mesma porcentagem, 0,4%.


Originally published at https://veja.abril.com.br.


Nomes mencionados:


Oncogeneticista Isabella Tavares.

Oncologista Carlos Gil Ferreira.

Oncologista Angélica Rodrigues Nogueira.

Oncologista Carlos Gil Ferreira.

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