Mudanças climáticas já causam cerca de 1% das mortes no Brasil


Paulo Saldiva cita estudo com participação de pesquisadores da USP, o qual avaliou dados de 15 anos de 732 cidades e constatou que 1% das mortes no Brasil já são ocasionadas pelo impacto climático

Jornal da USP
26/04/2021 


Na coluna Saúde e Meio Ambiente desta semana, Paulo Saldiva discute os efeitos da mudança climática já perceptíveis. 

O colunista cita estudo desenvolvido por pesquisadores da USP, o qual avaliou dados de 15 anos de 732 cidades e constatou que 1% das mortes no Brasil já são ocasionadas pelo impacto climático. 

O número chega até 3% em cidades da Europa Central.


Conforme Saldiva, o estudo foi publicado na revista científica Nature Climate Changes

Ao mostrar os impactos climáticos na saúde humana, a pesquisa pode ajudar numa tomada de decisão para diminuir as emissões dos gases de efeito estufa, “porque, no caso da vida humana, há uma questão não só moral, mas humanitária, de evitar mortes.

Também pode se colocar preço nisso. Preço das internações e preço da capacidade produtiva perdida por morrer antes do tempo. 

A coisa já está acontecendo. Os efeitos já acontecem dentro das nossas casas e das nossas cidades”.


Originally published at https://jornal.usp.br/?p=408548

Saúde e Meio Ambiente

A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 9h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.


ORIGINAL PUBLICATION

The burden of heat-related mortality attributable to recent human-induced climate change – Nature…
Current and future climate change is expected to impact human health, both indirectly and directly, through increasing…www.nature.com


Abstract

Climate change affects human health; however, there have been no large-scale, systematic efforts to quantify the heat-related human health impacts that have already occurred due to climate change. 

Here, we use empirical data from 732 locations in 43 countries to estimate the mortality burdens associated with the additional heat exposure that has resulted from recent human-induced warming, during the period 1991–2018. 

Across all study countries, we find that 37.0% (range 20.5–76.3%) of warm-season heat-related deaths can be attributed to anthropogenic climate change and that increased mortality is evident on every continent. 

Burdens varied geographically but were of the order of dozens to hundreds of deaths per year in many locations. 

Our findings support the urgent need for more ambitious mitigation and adaptation strategies to minimize the public health impacts of climate change.


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